A Chácara do Rosário encontra-se à margem esquerda do Rio Tietê, a meio caminho entre Itu e Salto. Sua casa sede, uma construção em estilo colonial bandeirista, preserva a mesma aparência dos tempos em que se chamava Engenho Grande, sendo na época uma das maiores produtoras de açúcar da região no auge de sua produção.
Antônio Pacheco da Silva, primo
em segundo grau do famoso bandeirante Manuel de Borba Gato, adquire as terras
por um conto e oitocentos mil reis em 1756. A construção da casa sede
provavelmente foi logo a seguir.
Suas paredes de taipa de pilão, processo
construtivo característico do planalto, são de 70 cm de espessura. Uma exceção
já que geralmente é em torno de 50 cm a 60 cm em outras construções do período.
Provavelmente essa espessura é devida à altura de 7 m do pé direito de cumieira
visível da grande sala, esta medindo 9 m de largura por 13 m de
comprimento. Pequenos quartos, também denominados alcovas, ladeiam esse grande espaço central.
As janelas e portas são providas
de vergas e balaústres retos exceto as envasaduras (aberturas) frontais que
possuem verga arqueada, possivelmente influência mineira trazida pelos
paulistas que retornam à sua origem.
Em 1955 a família Mattos Pacheco,
na figura do Sr. João Baptista e de seu filho Sr. José Elias procuram
o IPHAN na ideia de restaurá-la após um abandono de mais de 80 anos. Na época
alguns complementos foram feitos na edificação para adequar ao uso da família
que preserva a propriedade a 7 gerações.