quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Coleção de Postais - Madre Maria Teodora Voiron



Compartilho minha alegria e de todas as pessoas envolvidas ao vermos este projeto pronto, editado e impresso: A Coleção de 12 postais comemorativa aos 160 anos da chegada de Madre Maria Teodora Voiron a Itu e Fundação do Colégio do Patrocínio.
Meus sinceros agradecimentos ao Sr. Jair de Oliveira pelo convite prontamente aceito, ao apoio de Luís Roberto de Francisco representando o Instituto Cultural de Itu e Museu da Música, os doze patrocinadores, à minha filha Nina Novelli com sua dedicação e competência responsável pela arte final e edição gráfica, assim como as Irmãs do Patrocínio e funcionárias pela paciência e confiança por permitirem minha entrada e permanência por  semanas trabalhando nas dependências da Igreja e principalmente à Madre Maria Teodora, minha eterna gratidão por ter me inspirado e me acolhido nas crises de choro pelo receio de não conseguir a tempo captar toda a beleza de detalhes desse lugar tão especial. Seu amor e orientação espiritual foram fundamentais para que tudo isso fosse possível.
A coleção está disponível para compra na loja da Igreja do Patrocínio e no Museu da Música de Itu Toda a renda será revertida para essas duas entidades.
Edição limitada! 





domingo, 16 de setembro de 2018

Chácara do Rosário - Itu








A Chácara do Rosário encontra-se à margem esquerda do Rio Tietê, a meio caminho entre Itu e Salto. Sua casa sede, uma construção em estilo colonial bandeirista, preserva a mesma aparência dos tempos em que se chamava Engenho Grande, sendo na época uma das maiores produtoras de açúcar da região no auge de sua produção.

Antônio Pacheco da Silva, primo em segundo grau do famoso bandeirante Manuel de Borba Gato, adquire as terras por um conto e oitocentos mil reis em 1756. A construção da casa sede provavelmente foi logo a seguir.
Suas paredes de taipa de pilão, processo construtivo característico do planalto, são de 70 cm de espessura. Uma exceção já que geralmente é em torno de 50 cm a 60 cm em outras construções do período. Provavelmente essa espessura é devida à altura de 7 m do pé direito de cumieira visível da grande sala, esta medindo 9 m de largura por 13 m de comprimento. Pequenos quartos, também denominados alcovas, ladeiam esse grande espaço central.

O alpendre (pretório) à frente de sua sala principal possui dois esteios (colunas) levemente cônicos de forma oitavada que sustentam o frechal. Uma capela à direita e um cômodo à esquerda, que servia como pouso para viajantes, completam o conjunto arquitetônico.
As janelas e portas são providas de vergas e balaústres retos exceto as envasaduras (aberturas) frontais que possuem verga arqueada, possivelmente influência mineira trazida pelos paulistas que retornam à sua origem.
Em 1955 a família Mattos Pacheco, na figura do Sr. João Baptista e de seu filho Sr. José Elias procuram o IPHAN na ideia de restaurá-la após um abandono de mais de 80 anos. Na época alguns complementos foram feitos na edificação para adequar ao uso da família que preserva a propriedade a 7 gerações.

quinta-feira, 5 de abril de 2018

Casa Caselli - Itu



 O imóvel localizado no cruzamento da Rua Paula Souza com a Praça Dom Pedro I, hoje denominado de Casa Caselli ou Casa Imperial, foi originalmente encomendado por Francisco de Paula Souza e Mello. O projeto de reconstrução é assinado pelo construtor Eng Antônio Francisco de Paula Souza.

Em 13 de novembro de 1884, quando o imóvel já era de propriedade do fazendeiro Carlos Augusto Pereira Mendes, recebe a visita da família imperial brasileira. Na ocasião, a Princesa Isabel Leopoldina Augusta, filha de D. Pedro II e herdeira do trono imperial, participa de um almoço no local, acompanhada de seu marido Luis Filipe Maria Fernando Gastão de Orleans (Conde D'Eu) e dos filhos D. Pedro, D. Luis e D. Antonio.

Por essa razão o solar ficou conhecido como Casa Imperial. Restaurado e conservado pela Família Caselli,  é um dos marcos significativos das antigas construções de Itu.

Em 1968, quando o Sr. Sebastião Gomes Caselli, produtor de café, decidiu fixar residência na área central da cidade, recebeu uma oferta para adquirir a casa decidindo,  a pedido de sua esposa, Sra. Maria Lucia, restaurar o local.

"O antigo proprietário disse que poderíamos fazer o que quiséssemos com a casa pois ela não era tombada" relata a Sra. Maria Lucia. "Naquele tempo, Itu era uma cidade onde proprietários e comerciantes tinham horror ao tombamento"

A Sra. Maria Lucia conta que esse não foi o seu primeiro contato com a casa, uma vez que já havia frequentado um antigo Jardim de Infância que funcionava no local. "Eu questionei meu marido se ele iria demolir parte da minha história. Sempre muito visionário, ele afirmou que pretendia restaurar o casarão para mostrar aos ituanos que uma joia do passado não deve ser demolida, mas sim preservada".

A porta principal do imóvel, segundo o arquiteto Luis Saia é "a segunda porta mais bonita do Brasil" - perdendo, na opinião dele, apenas para porta da Casa da Moeda no Rio de Janeiro.

Já em 23 de setembro de 1972, o herdeiro do trono brasileiro, D. Pedro Henrique de Orleans e Bragança esteve presente na cidade para inaugurar, na casa da família Caselli a placa alusiva à visita de 1884 quando ali estiveram seu pai, D. Luis ainda criança e sua avó a Princesa Isabel.

Doze anos mais tarde, 11 e 13 de novembro de 1984, D. Pedro Gastão de Orleans e Bragança visitou a cidade e foi recebido pelos Caselli desta vez para comemorar o centenário da passagem da família imperial por Itu.

A casa foi tombada em 1992 e por sugestão do IPHAN recebeu o nome de Casa Caselli. É o 1º imóvel urbano restaurado na cidade de Itu.
Ainda hoje é conservado pela Sra. Maria Lucia.

sábado, 3 de março de 2018

Fazenda Vassoural - Itu

A Fazenda Vassoural tem sua casa sede construída em 1790 em taipa de pilão, técnica construtiva tradicional em estilo bandeirista muito usual em outras propriedades rurais do mesmo período na região.
Inicialmente a extensão de terra, que originalmente se estendia de Itu a Cabreúva era de propriedade de Beatriz de Borba Gato, avó de Manuel de Borba Gato, Tenente General do Mato, que a recebeu de dote.



A Vassoural foi fundada na vigência da Lei Sesmaria, que impedia que ruralistas deixassem suas terras e fossem viver na cidade.


No início do século 20, próximo a casa sede, um conjunto de casas foi construído em tijolos aparentes para a moradia de cerca de 40 famílias de imigrantes que vieram trabalhar na produção de café. Essas construções foram desativadas em 1980.


Um detalhe interessante que ainda pode ser encontrado na propriedade é o forno "Trem da Jamaica" que aquecia quatro tachos de cobre cm uma chaminé. Possivelmente é o único exemplar no Estado de São Paulo.

Hoje a Fazenda Vassoural se dedica a organização de eventos  principalmente cerimoniais de casamentos.


domingo, 4 de fevereiro de 2018

Fazenda Pirahy - Itu

Fazenda Pirahy
Aquarela  -  2017


(para visualizar com mais detalhes, clique nas imagens)


A Fazenda Pirahy localizada em Itu, interior de São Paulo,  tem suas origens em meados do séc XVII (1640) como Engenho de Açúcar pertencente a Bento Paes de Barros. Em meados do séc XIX foi comprada por Bento Dias de Almeida Prado, o Barão de Ithaym, estabelecendo um novo ciclo econômico com o início da produção cafeeira. 


Evolução da Casa Sede: 
do alpendre bandeirista à arquitetura "torna-viagem"

Séc XVII (ilustração F) 
O núcleo original da sede com provável senzala nas laterais da casa, 
junto aos depósitos. 



Séc XVIII - XIX ( ilustração G)
Construção do segundo pavimento - quartos e jirau e algumas subdivisões internas, caracterizando um traço marcante da arquitetura "torna-viagem" (influência das construções mineiras). 
O alpendre fica incorporado à casa e a fachada se modifica, tornando-se um sobrado de fachada contínua.



Séc XIX - XX ( ilustração B)

Surgem novas subdivisões internas, um terraço e uma escadaria na fachada de frente e outro terraço aos fundos.


(para visualizar com mais detalhes clique nas imagens)



Alambique




fonte: O "sítio de engenho Pirahy" e os povoados do planalto paulista
Beatriz Bezerra Tone - Gil Soares de Mello - José Eduardo Baravel










terça-feira, 30 de julho de 2013

Exposição de Fotografias



O Projeto “Ponto de Cultura Daqui de Dentro”– Um novo olhar sobre o Patrimônio criado pela Associação Cultural Beato José de Anchieta de São Miguel Paulista, tem por objetivo a documentação de bens tombados da cidade de São Paulo através de fotografias.
Para tanto, organizou-se no primeiro semestre deste ano o Curso Fotografia e Patrimônio – Bens tombados da Cidade de São Paulo. O resultado dessa iniciativa pode ser visto na Exposição Experiências Punctun e Studium no Patrimônio.

A abertura da exposição será no próximo sábado, dia 3 de agosto, às 19h30 na Capela de São Miguel Arcanjo em São Miguel Paulista quando haverá também o lançamento de um catálogo com fotografias dos participantes.
Maiores informações sobre a Associação Cultural Beato José de Anchieta assim como a proposta do curso e o resultado das aulas práticas e saídas fotográficas encontram-se no site elaborado durante as atividades. Demais fotografias serão colocadas no site somente após a abertura da exposição.


http://saomiguelcapela.wix.com/fotopatrimonio

Uma amostra de minhas fotografias  durante as saídas no centro histórico de São Paulo é possível ver neste link e também na minha página no Flickr 

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Agradeço a presença!

sábado, 20 de julho de 2013

Banda Mantiqueira no Festival de Artes de Itu - 2013





 Edson Alves  no baixo





 Walmir Gil
Nailor Azevedo

 Cleber Almeida na zabumba


 Odésio Jericó no trompete

 Fred Prince no triângulo

 Cleber Almeida

 Jarbas Barbosa e Fred Prince 


 Cleber Almeida
Fred Prince

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Casa de Dona Yayá


Sebastiana de Mello Freire, Dona Yayá, nasceu em Mogi das Cruzes em 1887. Filha de Manoel de Almeida Mello Freire, comerciante, deputado e senador da Primeira República.
Dona Yayá teve um único irmão que desapareceu misteriosamente. Era muito religiosa e devota de São José. 
Detentora do maior patrimônio imobiliário de Mogi das Cruzes durante a primeira metade do Séc XX e proprietária de aproximadamente 75 imóveis da capital, uma das mairores heranças do estado.
Contudo não viveu para usufruí-la: em 1919, aos 32 anos, foi considerada louca e interditada judicialmente.
A condição financeira de Dona Yayá permitiria tratá-la sem afastá-la das pessoas mais próximas. 
O local escolhido foi a Chácara à rua Major Diogo para onde foi levada em meados do séc XX que para tanto recebeu adaptações do espaço. Em seus aposentos tudo era segurança e higiêne. 
Em 1952 foram construidos um jardim de inverno e um solário com um rampa até o jardim.

A evolução histórico-arquitetônica da casa e seus proprietários, o projeto detalhado de restauro, além da programação cultural estão disponíveis no site do CPC -USP .






O portão ainda hoje é o original 













Solário